quinta-feira, 15 de junho de 2017

Aula 13 - Farmacovigilância

Olá a todos!

A profa Nicolina falou sobre diversas questões relacionadas a Vigilância Sanitária de Medicamentos e Farmacovigilância:

- O que é a farmacovigilância? Quem a executa?

- Qual a importância dos ensaios clínicos para o registro de um medicamento? Por que mesmo após o término dos ensaios ainda é necessário promover a vigilância do uso de tais medicamentos?

- Quais os objetivos da Política Nacional de Assistência Farmacêutica?

- Quais os objetivos da Política Nacional de Medicamentos?

- O que é o RENAME?

- Qual a importância do núcleo de segurança do paciente?

- Em que casos deve haver a judicialização para acesso a medicamentos?

- O que é um evento adverso? Quem deve notificar? O que são hospitais sentinelas? Qual a importância do SAC das empresas nesse contexto de notificação de eventos adversos?

- Como medir o risco benefício do medicamento?

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Aula 12 - Estrutura e ações da Vigilância em Saúde no contexto municipal


Perguntas sobre a aula do Rodrigo:


  1. Qual a função da vigilância epidemiológica?
  2. Qual o percurso de notificação para surtos de alguma doença imunopreveníveis, acidente de trabalho, violência contra a mulher ou qualquer agravo de notificação compulsória?
  3. O que é bloqueio vacinal? Como procede? Que atividades são incluídas no bloqueio vacinal?
  4. Qual a missão da vigilância sanitária?
  5. O que significa o poder de polícia da vigilância sanitária?
  6. O que são as penalidades administrativas? Para que servem?
  7. Qual é a lei que qualifica as penalidades de vigilância sanitária?
  8. A que ritual a legislação sanitária obedece no poder de polícia?
  9. Quais os itens que qualificam o agente público no poder de polícia?
  10. Como você mudaria a prática isolada da vigilância sanitária nas funções do poder de polícia? Se puderem, compartilhem experiências vividas, ou que outros atores compartilharam com vocês.
  11. O que é um auto de infração?
  12. O que significa interdição? Quando aplicá-la?
  13. Quando aplicar um termo de coleta de amostra?
  14. O que é o SIVISA e qual a sua função? O que se coloca nesta base de dados?
  15. Como vocês procuraríam o histórico de fiscalização sanitária nos estabelecimentos?
  16. De onde vêm as demandas de investigação sanitária?
  17. O que são eventos sanitários? Quais exemplos? Como ocorrem estas investigações?
  18. Que protocolos são seguidos?
  19. Cite duas notícias que a imprensa publicou havendo falha nas medidas de vigilância sanitária. O que a investigação e a investigação descobriu?
  20. Como trabalha o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e a ANVISA?
  21. De onde vem o financiamento para as ações de vigilância sanitária?
  22. Explique s PEC 55 e o novo modelo de financiamento em saúde, relacionando com a vigilância em saúde e com a ANVISA.
  23. Denina farmacopéia e sua função. Que itens a farmacopéia elenca para paramentar as análises?
  24. Como funciona as análises de mercadorias para exportação nos acordos de entre blocos internacionais?

sábado, 27 de maio de 2017

Aula 11 - Vigilância em saúde do trabalhador

Olá!

A aula de hoje foi com os profs. José Carlos e Rosemairy do CEREST. Foram levantadas algumas questões acerca da discussão da saúde do trabalhador:

- Qual o conceito de saúde do trabalhador?

- Quais os riscos relacionados ao trabalho? O excesso de horas extras é um risco?

- Todos os acidentes de trabalho são preveníveis? Quando é negligência?

- Por que muitas doenças, físicas e mentais, nem sempre são reconhecidas como consequência da condição de trabalho?

- Há maior risco no trabalho formal ou informal?

- De que forma a terceirização dos serviços aumento o risco de acidentes de trabalho?

- Qual o papel da Vigilância Epidemiológica, da Vigilância Sanitária e da Vigilância Ambiental nesse contexto?

- Como deve ser constituída a equipe de Vigilância em Saúde do trabalhador? Que profissionais devem fazer parte?

- Qual a importância das doenças ocupacionais serem de notificação compulsória?

- Há alguma relação entre a redução do quadro de funcionários e o aumento dos acidentes de trabalho? E a falta de preparo e treinamento?

- Foi comentado que a trágica realidade de muitos trabalhadores não ganha espaço nos meios de comunicação e não causa indignação da sociedade. Você concorda com essa frase?

- O que poderia ser feito como medida de vigilância em saúde para a prevenção e proteção à saúde dos trabalhadores?

- Por que a saúde do trabalhador é uma questão intersetorial?

- O que é a Política Nacional de Saúde do Trabalhador?

- O que são os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador? Quais suas competências?

domingo, 21 de maio de 2017

Aulas 9 e 10 - Vigilância de Portos, aeroportos e Fronteiras

Quais os componentes do controle sanitário da Política de Aeroportos e Fronteiras?

Quais potenciais e limites que você enxerga dentro dos procedimentos de biossegurança?

Sala de crise: qual sua estrutura? Qual sua função?

Como funciona a parceria do Município de Guarulhos com a Vigilância Sanitária aeroportuária?

Que carências vocês enxergam na sala de refugiados? Que acompanhamento de atenção primária e de estrutura pode melhorar a vida dos refugiados?

Quais os perigos aos quais estamos expostos quando acolhemos algum refugiado? Quais limites vocês enxergam para a política brasileira de refugiados?

Qual projeto de vigilância vocês desenvolveriam para o aeroporto?





domingo, 14 de maio de 2017

Aula 8 - Zika e os limites da saúde global

Postagem referente à aula ministrada em 12/05/2017 com a Profa. Daisy Ventura.

Perguntas:

  • De onde veio o conceito de saúde global? O que é a saúde global? Em que cenário está inserida?
  • Por que existe o processo de securitização? Quais as etapas do processos de securitização? Quais os autores de um processo de securitização?
  • O que é uma emergência internacional? e uma emergência nacional? Por que o Zika não é mais uma emergência de saúde pública no Brasil?
  • Qual a sua visão a respeito das recomendações da OPAS e da OMS para prevenir a Zika e a Chikungunya?
  • Concorda com as políticas públicas de prevenção das arboviroses nas quais é proposta uma guerra contra o mosquito? Em que contexto, na prevenção dessas doenças, se insere o saneamento básico e a distribuição de renda?

  • O que você acha da legislação específica para emergências em saúde no Brasil?
  • Qual a sua visão a respeito das recomendações da OPAS e da OMS para prevenir a Zica e a Chicungunha?
  • Compare a relação de contexto político no Brasil e no mundo das epidemias de Zica e de HIV.
  • Quais os marcadores básicos para sustentar uma prioridade em saúde? O que entra na agenda de prioridades da Vigilância em Saúde?


sexta-feira, 5 de maio de 2017

Disciplina: Atividades Integradoras - aula sobre vigilância em saúde e conceitos

Prezados alunos,

Este espaço foi reservado para que postem em grupos o resultado de suas análises do conteúdo do material disponibilizado do Prof. Jairnilson. Os slides foram encaminhados por e-mail.

Até mais!

Aula 7 - intersetorialidade

Olá!

A aula de hoje foi sobre intersetorialidade. O prof Marco apresentou a figura abaixo e algumas questões foram levantadas, conforme a seguir:



- Qual o conceito de intersetorialidade?
- Os alunos estão de acordo com a proposta? Que alternativas podem ser apontadas?
- Que arranjos intersetoriais são necessários para alcançar cada um dos 17 objetivos da agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável?
- Qual a relação podemos fazer entre cada um dos objetivos e seus indicadores?
- Como a saúde se insere nesse contexto? Como cada um dos setores se relaciona com a saúde?
- Qual a relação entre a intersetorialidade e a saúde pública?
- Como articular cada um dos setores para o enfrentamento das questões de saúde pública? São necessários apenas profissionais da saúde?

Até mais!

Obs. Para consulta dos indicadores segue o link: https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/

domingo, 9 de abril de 2017

Aula 6 - Vigilância Alimentar e Nutricional

Prezados alunos, boa tarde!


A aula de sexta foi com a profa Patrícia Jaime!

Estou postando algumas das questões levantadas por ela em sala de aula para discussão:

- Qual o conceito de Vigilância Alimentar e Nutricional  (VAN)? Onde ela é realizada? Qual o objeto da VAN?
- Em que momento da história da Saúde Pública no Brasil ela surge?
- Quais dados são necessários para execução da VAN? Como coletá-los? Quais as suas fontes?
- Como a VAN se relaciona com os serviços de saúde? Como fazer a VAN nos serviços de saúde?
- Como a VAN se relaciona com as políticas públicas de alimentação?
- O que é o SISVAN?
- Qual a diferença entre a VAN e Epidemiologia Nutricional?
- Qual a diferença entre a VAN e a Vigilância Sanitária de Alimentos?


Ela também apresentou exercícios em um cenário simulado do município batizado de CARU:

Exercício de aquecimento: Vigilância Alimentar e Nutricional

Acumulam-se evidências que os primeiros mil dias – os 270 da gestação mais os 730 dos dois primeiros anos de vida – são oportunidade rara de influenciar o desenvolvimento das crianças e ajudá-las a se tornarem adultos mais saudáveis. A prematuridade, o baixo peso ao nascer e a desnutrição por déficit de estatura ainda são importantes problemas de saúde pública no Brasil e em outros países em desenvolvimento. 
A desnutrição infantil, em particular, aumenta o risco de uma série de doenças, entre as quais se destacam o acometimento por doenças respiratórias e diarreicas. Pode afetar o crescimento e desenvolvimento cognitivo, destacando-se a ocorrência de baixa estatura, menor aproveitamento escolar e redução da capacidade de produtividade na vida adulta, podendo ser responsável por danos irreversíveis. A desnutrição consiste em uma doença com forte determinação social, multifatorial, que tem grande correlação com a pobreza. A atenção nutricional à criança desnutrida consiste nos cuidados relativos à alimentação e à nutrição, voltados à promoção da saúde, ao diagnóstico e ao tratamento da desnutrição e dos outros agravos nutricionais que possam coexistir. A desnutrição pode causar impactos negativos ao desenvolvimento infantil, por isso, no escopo das ações voltadas ao controle da desnutrição no sistema de saúde, devem também ser fortalecidas as ações de estímulo ao desenvolvimento infantil como parte dos investimentos para a redução das desigualdades e a promoção de oportunidades.

Cenário Simulado
CARU é um município do interior do estado de São Paulo, na Região Administrativa de Campinas. Com 397.765 habitantes, CARU é, no estado de São Paulo, o 15° município mais populoso e o sétimo maior fora da Grande São Paulo. Está entre os 100 maiores municípios do Brasil, sendo maior que quatro capitais estaduais. CARU possui uma elevada taxa de urbanização, sendo que mais de 95% dos moradores vivem em áreas urbanas.
A partir de uma denuncia de morte de uma criança de oito meses por diarreia e desnutrição que foi feita no Conselho Municipal de Saúde de CARU, a assessoria do secretário municipal de saúde convoca uma reunião extraordinária denominada Sala de Situação. Quem coordena essa reunião é a assessora do gabinete do secretário municipal chamada Márcia Almeida. Além dela, participam desta primeira reunião algumas áreas técnicas da superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) e da Superintendência de Atenção à Saúde. Pela SVS, a epidemiologista Déborah da Coordenação de Análise de Situação de Saúde e Sistemas de Informação. Pela SAS, foram convocados representantes da Área Técnica de Ciclos de Vida (Paulo Vicente, médico responsável técnico da Saúde da Criança), Área Técnica de Alimentação e Nutrição (nutricionista Rita) e da Coordenação Técnica do Núcleo de Unidades Básicas de Saúde (enfermeiro Alexandre Augusto). Para conhecer o organograma da Secretaria Municipal de Saúde de CARU, consulte o Anexo 1 deste exercício.
A reunião começa com a seguinte explicação de Márcia Almeida:
_ Olá, em nome do Secretario Municipal, eu agradeço a presença de vocês nesta Sala de Situação. Não sei se vocês foram informados que na última reunião do Conselho Municipal de Saúde, um representante de  Associação de Moradores do Distrito Leste apresentou uma denúncia do óbito de um bebê residente na região por diarreia e desnutrição.
Paulo Vicente comenta:
_ Nossa, que estranho! No atual cenário epidemiológico são tão raros os casos de desnutrição grave que levem a óbito. Até identificamos casos de desnutrição leve por déficit de crescimento, mas marasmo é muito raro nos dias de hoje. Na realidade, a sobrepeso e a obesidade é que tem nos preocupado.
Márcia Almeida responde:
_ Investigamos o caso e descobrimos que a criança foi atendida duas vezes em situação de urgência na UPA
Leste, mas que não vinha sendo acompanhada regularmente na UBS de referência do domicilio da família. É uma família muito pobre que vive em condições muito precárias de higiene em uma área invadida chamada Várzea de São Joaquim.
Neste momento Alexandre Augusto comenta:
_ Ou seja, um caso que passa em parte por negligência da família no cuidado em saúde da criança já que há uma UBS há três quilômetros do domicilio, mas principalmente passa pela invisibilidade da vulnerabilidade familiar e desassistência, já que a Equipe de Saúde da Família (ESF) do UBS de referência não identificou essa demanda de cuidado específico.
_ Exatamente, diz Márcia Almeida. Além da falta de comunicação em rede, pois se a criança foi atendida na UPA, deveria ter sido fortemente orientada a procurar a UBS. Também se uma vez identificado o risco e a vulnerabilidade da criança, o profissional da UPA que a atendeu poderia ter feito a comunicação do caso à gerência da UBS. Falhamos e isso nos deixa muito triste. Por isso, o objetivo desta reunião é evitar que outros casos semelhantes se repitam. Por favor, Deborah, apresente as informações em saúde relevantes para o caso, conforme pedi que preparasse.
_ Bom, vamos lá. Estamos falando de um caso do Distrito Leste que apresenta uma situação de saúde um pouco diferentes de CARU como um todo. A Taxa de Mortalidade Infantil no município é de 9,43 por mil nascidos vivos, menor que a média do Estado de São Paulo. Os principais componentes da mortalidade infantil em CARU mostram que 70% das mortes correspondente à mortalidade neonatal e que 30% com 28-364 dias, definidos como mortalidade pós-neonatal. No entanto, o Distrito Leste não acompanha a queda da mortalidade infantil ocorrida no município, persistindo acima dos 20 por 1.000 nascidos vivos e com o componente pós-neonatal ainda responsável por mais de 50% dos óbitos infantis.
Deborah apresenta alguns gráficos da vigilância epidemiológica para ilustrar as informações e complementa:
_ Como sabemos, a desnutrição é um importante fator de risco para mortalidade infantil. Então olhei os relatórios do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN). Importante dizer que os dados do SISVAN são interessantes porque retratam a realidade dos usuários dos nossos serviços de atenção básica, mas tem a limitação da cobertura.
Neste momento, Rita da ATAN/SAS/SMS intervém:
_ É verdade, mas é justamente entre crianças menores de 5 anos que temos nossa melhor cobertura, que hoje é igual a 29,1%. Exatamente no Distrito Leste, a cobertura nesta fase do ciclo da vida é igual a 36%. O que é resultado do grande investimento em capacitação para VAN nesta área da cidade que sabemos tem maior vulnerabilidade.
_ Eu percebi isto na análise dos dados, menciona Deborah. Continuando, hoje segundo o SISVAN a
prevalência de desnutrição em menores de dois anos usando o indicador Estatura-para-Idade é igual a 6,2% e o indicador Peso-para-Idade é igual a 1,8%. Já no Distrito Leste temos taxas de 17,9% e 4,5%, respectivamente. Em outras palavras, a desnutrição infantil em CARU se concentra mesmo no Distrito Leste.

_ Muito bem, essas informações sinalizam que precisamos elaborar um Projeto de Saúde no Território com foco na Desnutrição Infantil para o Distrito Leste, intervém Alexandre Augusto.
_ Boa ideia, diz Rita. Acredito que a construção de um Projeto de Saúde no Território com foco na
desnutrição infantil será uma excelente oportunidade de revertemos essa situação de iniquidade que temos entre as crianças vulneráveis residentes no Distrito Leste de nosso município. O Projeto de Saúde no Território pode se iniciar pela identificação das áreas em que estejam concentradas as maiores prevalências de desnutrição no Distrito, para tanto podemos geo-referenciar os dados do SISVAN nos territórios.
_ Eu posso fazer isso, diz Deborah. Lá na nossa área técnica temos as ferramentas e softwares que permitem esse tipo de análise de dados epidemiológicos. Mas eu preciso ter acesso aos microdados do SISVAN que não são públicos. As informações que trouxe são basicamente dos relatórios públicos do SISVAN.
Rita da ATAN que é a gestora municipal do SISVAN responde:
_ Ok. Abriremos uma senha de gestor para a Coordenação de Análise de Situação de Saúde e Sistemas de Informação. Assim Deborah terá acesso aos microdados do SISVAN com informação individual de cada caso inserido no sistema.
Paulo Vicente menciona:
_ Sabemos que o déficit de estatura está muito relacionado aos determinantes sociais e o Projeto de Saúde no Território irá nos ajudar neste sentido. Mas acho importante a gente ter também uma linha de cuidado pactuada para atenção aos casos identificados de crianças com baixo peso na Rede de Atenção à Saúde, para evitar que se repitam casos como esse que disparou nossa Sala de Situação.
_ Concordo, diz Rita. Sugiro que tomemos como referência na elaboração do Projeto de Saúde no Território e da linha de cuidado uma publicação recente do Ministério da Saúde chamada Manual instrutivo para implementação da Agenda para Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil: portaria nº 2.387, de 18 de outubro de 2012. CARU não faz parte da ANDI, felizmente, porque não está dentro dos critérios de inclusão da Agenda já que tem baixa prevalência de desnutrição por déficit ponderal (indicador Peso-para-Idade). De todo modo, essa publicação poderá nos apoiar a pensar a situação especifica do Distrito Leste.
_ Muito bem, acho que já encontramos uma linha de ação, diz Márcia Almeida. Agora vocês devem dar os encaminhamentos necessários, organizar o trabalho de elaboração do Projeto de Saúde no Território e da linha de cuidado. Sugiro que envolvam as ESF e os gerentes das UBS neste processo. Irei agendar uma nova reunião de nossa Sala de Situação em um mês. Vocês deverão nos apresentem os produtos desenvolvidos e reavaliemos a situação. Informarei o senhor Secretário sobre a reunião de hoje. Ele ficou bastante preocupado com a denúncia recebida no Conselho Municipal de Saúde e, tenho certeza, ficará satisfeito com o resultado desta nossa primeira reunião. Muito obrigada pela presença.

1. Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso sobre as afirmações acerca da Vigilância Alimentar
e Nutricional (VAN):
( ) A VAN consiste na descrição contínua e na predição de tendências das condições de
alimentação e nutrição da população e seus fatores determinantes.
( ) A VAN busca a integralidade do cuidado em saúde por meio da garantia de uma rede de saúde
composta por serviços de atenção primária, secundária e terciária.
( ) As informações produzidas a partir das práticas de VAN buscam orientar e aprimorar os
dispositivos de controle de doenças relacionados à alimentação e nutrição.
( ) A VAN nasce da necessidade de controle da inocuidade e a qualidade nutricional dos alimentos,
se faz presente na agenda da promoção da alimentação adequada e saudável e da proteção à
saúde .
A sequência correta é:
a) V, V ,V, F.
b) V, F, V, F.
c) F, V, V, V.
d) F, F, F, V.

2. A SMS de Caru organizou uma Sala de Situação de Saúde com foco na desnutrição. Assinale a
alternativa que melhor expressa com a vigilância epidemiológica foi utilizada na busca de solução
do problema:
a) Por meio da garantia de participação social no Conselho Municipal de Saúde.
b) Pela proposição de um Projeto de Saúde no Território com ênfase na desnutrição
c) Pelo cruzamento das informações disponíveis em saúde, relacionadas à mortalidade infantil
e prevalência de desnutrição.
d) Com o controle político do caso, a partir da intervenção direta do secretário municipal de
saúde.

3. No relato ao caso de CARU, observa-se que dados oriundos da VAN foram utilizados no Ciclo de
Gestão e Produção do Cuidado em Saúde. Correlacione as fases deste Ciclo de Vigilância às
atividades correspondentes.
a. Coleta de dados e produção de informações
b. Análise e decisão
c. Ação
d. Avaliação
( ) Nessa fase são levantados dados e informações dos usuários atendidos no âmbito dos serviços
de saúde e na rede de atenção.
( ) Consiste em um processo contínuo ou pontual que visa contribuir para a implementação e
aprimoramento de ações futuras, o que possibilita a orientação, a reformulação ou
manutenção das ações já adotadas.
( ) Refere-se à concretização do cuidado por meio de programas ou estratégias a serem definidas a
partir das necessidades identificadas, sejam elas individuais ou coletivas.
( ) Consiste na consolidação dos dados com o propósito de facilitar a identificação de necessidades
e prioridades em saúde, ou seja, decidir sobre intervenções, programas ou estratégias mais
apropriadas.
A ordem correta é:
a) a, d, c, b.
b) a, b, d,c.
c) d, b, c, a.
d) d, a, c, b.

4. “Mesmo dentro de um contexto de turbulências econômicas, políticas e sociais, o Brasil mudou
substancialmente nos últimos cinquenta anos, seja por conta de fatores externos, derivados de
um mundo progressivamente globalizado, seja pelo desenvolvimento autônomo de
circunstâncias e processos históricos e culturais próprios do que se pode chamar de modelo
brasileiro” (BATISTA FILHO, M. & RISSIN, A., 2003).
A partir do texto acima e considerando a evolução da situação de saúde da população
brasileira, julgue os itens a seguir.
I. A transição epidemiológica, associada ao cenário descrito no texto, representa mudanças no
perfil de doenças. Essas modificações expressam, por sua vez, transformações mais abrangentes
nos ecossistemas de vida coletiva e no estado nutricional da população.
II. Como consequência das mudanças referidas no texto, nas últimas décadas houve declínio da
ocorrência da desnutrição em crianças e adultos no Brasil, ao mesmo tempo em que houve
aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade.
III. Em países em transição epidemiológica, como o Brasil, as doenças nutricionais carenciais
deixam de ser uma prioridade para a Vigilância em Saúde no SUS.
IV. A ocorrência de um óbito por desnutrição infantil em CARU sinaliza a necessidade de
interpretar as informações em saúde a partir da perspectiva dos determinantes sociais.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
b) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
c) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
d) Todas as alternativas estão corretas.

Gabarito: 1b; 2c; 3a; 4c

sábado, 1 de abril de 2017

Aula 5 - Pesquisa, Situação problema, Vigilância ambiental

Olá a todos!


Na aula de ontem foram discutidos alguns textos sobre acumuladores:


Texto ação judicial:

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2012/01/05/interna_gerais,270926/justica-intervem-para-limpar-casa-de-mulher-que-acumulava-lixo-em-patos-de-minas.shtml


Texto sobre protocolo para tratamento de acumuladores:

http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/falta-protocolo-padrao-para-tratar-acumuladores-8jbl5puoqrmf8d6o6f3hqnk26


Texto sobre higienização em casa de acumulador:

http://www.dgabc.com.br/Noticia/1234286/casa-de-acumulador-sera-higienizada-hoje



A seguinte frase também foi colocada para discussão:

"Um catador faz mais do que o ministro do meio ambiente!". 


O prof. Marco apresentou o seguinte roteiro para discussão dos textos:
1. Panorama da situação problema;
2. O que mais chama a atenção?
3. O que foi feito para enfrentar o problema?
4. O que vocês fariam em relação a esta situação?


E essas foram algumas das questões levantadas em sala de aula:

- O que é ser um acumulador? É uma questão médica? Quais as explicações médicas?
- O que é a Síndrome de Diógenes?
- O que tem levado pessoas a acumularem objetos/animais/lixo em casa? Quais determinantes sociais estão envolvidos? É uma fonte de renda pessoal?
- Há uma classe social específica para os casos? Faixa etária?
- Como lidar com a questão? Em que momento torna-se uma questão de Saúde Pública?
- Como intervir? É necessária ação judicial?
- Quais ações a Vigilância em Saúde deve tomar? A Vigilância deve atuar sozinha nesses casos?
- Qual a importância de promover um trabalho de prevenção nesses indivíduos? De que forma podemos fazer isso? Quais políticas públicas devem ser tomadas?
- Como um trabalho de busca ativa pode ajudar?
- Já temos um protocolo de ação para esses casos?
- Há diferenças entre acumuladores e colecionadores?

sexta-feira, 24 de março de 2017

Aula 4 - Vigilância ambiental

Olá!

Essas foram algumas das questões abordadas hoje em sala de aula pelo Prof. Rodrigo Romão:


1) Qual o conceito de vigilância ambiental em saúde?

2) Como detectar determinantes ambientais que interferem na saúde humana? Quais deles são importantes? E por que? Que informações são necessárias?

3) Como a vigilância ambiental se relaciona como a vigilância sanitária e epidemiológica?

4) Por que os fatores ambientais de exposição aguda e crônica possuem um impacto diferenciado na saúde humana?

5) Como intervir nas questões ambientais? Que normas seguir?

6) Quais os programas do Ministério da Saúde relacionados a vigilância ambiental? O que é o VIGIAR, VIGIAGUA, VIGISOLO, VIGIFIS e VIGIDESASTRE?

7) Que fatores da sociedade estão relacionados com a vigilância ambiental? Por que o contexto social e o ambiente cultural influenciam a vigilância ambiental?

8) O desafio dos acumuladores: é um problema recente? O que desencadeia?






quarta-feira, 22 de março de 2017

Aula 3 - Pesquisa, Situação problema, Vigilância, risco e proteção

Pessoal, este foi o caso abordado na aula do dia 17/03/2017. 

O caso

A Vigilância Sanitária recebe uma solicitação da Vigilância Epidemiológica central para análise de dois casos de óbitos de adultos jovens (um homem de 22 anos e uma mulher de 23 anos), moradores do território de abrangência da equipe de Saúde da família “Vermelho 3”, Jardim da Saudade, no município de Junqueira. Há uma semana o casal, primeiro o homem e um dia depois a mulher, foram atendidos na emergência com sinais de desidratação, dor abdominal e febre.
 A diretora da unidade do bairro reuniu a equipe com grande dificuldade para conciliar os horários dos profissionais e, como uma das estratégias, indica a visita do agente comunitário responsável pela área na casa onde residia o jovem casal.
Na manhã seguinte a unidade recebe a notificação de um terceiro óbito, agora da irmã de 20 anos da jovem falecida anteriormente. As notícias causam uma comoção social no bairro, este instalado em região de preservação ambiental que vem sendo continuamente ocupada de forma irregular e, por isto, carente de planejamento e instalações de saneamento. A imprensa municipal veicula notícias diversas sobre o caso e, na ausência de um posicionamento da Secretaria de Saúde, contribui para que o medo e a desinformação aumentem.
A agente comunitária aponta as dificuldades para voltar na casa onde os óbitos ocorreram, pois não foi bem recebida pela família. Os familiares se recusaram a dar maiores informações, pois se sentiram ameaçados e amedrontados pelas circunstâncias e reações da comunidade, dos jornalistas e da equipe de saúde.
A equipe central da Secretaria Municipal de Saúde se organiza para intervir e auxiliar a unidade do Jardim da Saudade. Os profissionais das vigilâncias iniciam atividades de coleta de amostras na casa e em estabelecimentos comerciais, sem comunicação à Unidade do bairro. Joana, uma das mulheres que foi a óbito, trabalhava na creche local e a diretora solicita fechamento do estabelecimento por medo de contaminação das crianças, embora não tenha conhecimento do diagnóstico. As mães organizam uma ida das crianças para a unidade de saúde para coleta de sangue sem agendamento prévio.
Ao final da manhã do terceiro dia, após a primeira notificação, a diretora da Unidade Básica de Saúde pede a intervenção do nível central em uma Comunicação Interna alegando a gravidade da situação no local e a necessidade de apoio institucional para intervir nas seguintes questões:
   a)      Identificação dos papéis dos trabalhadores e das equipes de saúde da unidade
   b)      Suporte profissional para a família e para a comunidade frente à gravidade e impacto dos casos
   c)       Sobreposição de fluxos sem a devida comunicação entre as instâncias de gestão da secretaria
   d)      Falta de orientação e retaguarda para elucidação do caso
   e)      Incapacidade de comunicação com a imprensa e agentes de outras instituições.

A assessora sanitarista Patrícia, contratada recentemente para compor a equipe central da Secretaria Municipal de Saúde, é deslocada para participar e apoiar a reorganização do trabalho frente ao caso na Unidade do bairro. A indicação de Patrícia para atuar junto à equipe foi acompanhada de uma referência de sua chefia – “Penso que sua formação em Saúde Coletiva poderá apoiar a equipe no entendimento da complexidade do caso e, também, será importante para o seu crescimento profissional”.
Em discussão coletiva com a equipe de saúde da UBS, o Conselho Gestor, os profissionais das vigilâncias epidemiológica, sanitária, ambiental e zoonoses, foi pactuado um plano de estratégias conjuntas para enfrentamento da situação, agora com a elucidação diagnóstica, casos de Febre Maculosa, a doença do carrapato (1). 
    1)      Apoio familiar e para comunidade na comunicação do risco, elucidação dos casos e suporte social aos familiares;
    2)      Redefinição da comunicação interna e externa em diálogo com os canais locais de comunicação e, também, institucionais;
    3)      Conciliação dos papéis dos trabalhadores com processo de Educação Permanente coletivo;
    4)      Alinhamento e transparência das informações;
    5)      Articulação em rede entre os serviços, emergência, vigilâncias e laboratório central;
   6)      Realização da investigação epidemiológica avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle pertinentes;
    7)      Capacitação da equipe médica para suspeita diagnóstica, coleta de material e tratamento precoce na busca de diminuição da letalidade;
     8)      Investigação de novos casos ou suspeitos para notificação e/ou tratamento imediato;
     9)      Trabalho junto à equipe local, comunidade e outros órgãos para elucidar situações socioambientais no Jardim da Saudade que podem propiciar novos casos, no sentido de apoio de outras instâncias municipais para acesso da população a melhorias no bairro;
     10)    Outras estratégias de apoio institucional integrado.

Patrícia, a sanitarista deslocada para apoio às equipes, fez seu relatório para apresentação ao nível central da Secretaria Municipal após o controle da situação no Jardim da Saudade. Iniciou apontando que as diretrizes para compor o plano de atuação frente ao ocorrido estavam vinculadas ao campo da Saúde Coletiva e suas dimensões, bem como nos referenciais teóricos e práticos de suas principais subáreas, a Epidemiologia, as Ciências Sociais e Humanas e a Política. Diante da situação encontrada e pensando em sua formação e função como sanitarista avaliou que os eixos de atuação seriam:
      a)      Compreensão do contexto de complexidade sócio histórica da realidade local expresso no impacto ambiental, nas condições de vida da comunidade, no acesso precário ao saneamento e serviços de políticas públicas, na desinformação sobre proteção à saúde, entre outras.
        b)      Articulação das ações dos serviços de vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental, zoonoses, emergência e laboratório no sentido de atuação em rede para plano integral. 
       c )       No eixo da política desdobrou tanto a compreensão das relações entre as políticas setoriais – educação, preservação ambiental, infraestrutura urbana, ação social e cidadania, etc - capazes de atuar no bairro, como a interação da gestão dos processos de trabalho que apoiam as atividades de atenção à saúde, tanto no suporte técnico e de insumos quanto na qualificação dos saberes que apoiam as ações da assistência.   

Patrícia terminou seu relatório e refletiu: Seria a atuação central do sanitarista a possibilidade de efetivar, segundo o campo da Saúde Coletiva, a interdisciplinaridade e a intersetoralidade na busca da equidade e integralidade na saúde?  Como atuar nesta direção frente aos diferentes e dinâmicos contextos sócios, políticos e históricos?


1 - A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença infecciosa, febril aguda, de gravidade variável, cuja apresentação clínica pode variar desde as formas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia (Rickettsia rickettsii), transmitida por carrapatos, caracterizando-se por ter início abrupto, com febre elevada, cefaléia e mialgia intensa e/ou prostração, seguida de exantema máculo-papular, predominantemente nas regiões palmar e plantar, que pode evoluir para petéquias, equimoses e hemorragias. O tratamento precoce é essencial para evitar formas mais graves da doença”. (Brasil, MS, Portal da Saúde)http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/febre-maculosa.

sábado, 11 de março de 2017

Aula 2 - Mesa: Vigilância Sanitária no Brasil

Olá!

Envio algumas das questões levantadas ontem em sala de aula pela Dra. Ana Figueiredo e o Dr. Luiz Quitério:


1) A vigilância sanitária, atualmente, sofre um processo de "cegueira acadêmica" e de um "aprisionamento institucional".

2) As normas técnicas têm se tornado cada vez mais complexas e na forma de check-list o que tem turvado nossa visão para a proteção da saúde das pessoas.

3) O que é a proteção à saúde no século XXI?

4) A universidade tem formado somente técnicos, sem o pensamento universal. O que é a universalização? Como fazer diferente?

5) ... proteger pessoas do uso, consumo, exposição a coisas/ambientes/lugares vigiando os riscos sanitários com sua regulação .... é possível? Quais são os riscos? A população conhece? Quem define a política? Onde? Quem executa? Quais são os interesses em jogo entre proteger pessoas ou regular produtos/mercadorias...

6) Até onde vão as ações da vigilância sanitária? Como mediar as ações da vigilância sanitária levando em consideração o contexto social? Exemplo de uma única maternidade de uma determinada cidade com condições insatisfatórias de higiene. Interditar? Intervir de que forma?