sábado, 1 de abril de 2017

Aula 5 - Pesquisa, Situação problema, Vigilância ambiental

Olá a todos!


Na aula de ontem foram discutidos alguns textos sobre acumuladores:


Texto ação judicial:

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2012/01/05/interna_gerais,270926/justica-intervem-para-limpar-casa-de-mulher-que-acumulava-lixo-em-patos-de-minas.shtml


Texto sobre protocolo para tratamento de acumuladores:

http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/falta-protocolo-padrao-para-tratar-acumuladores-8jbl5puoqrmf8d6o6f3hqnk26


Texto sobre higienização em casa de acumulador:

http://www.dgabc.com.br/Noticia/1234286/casa-de-acumulador-sera-higienizada-hoje



A seguinte frase também foi colocada para discussão:

"Um catador faz mais do que o ministro do meio ambiente!". 


O prof. Marco apresentou o seguinte roteiro para discussão dos textos:
1. Panorama da situação problema;
2. O que mais chama a atenção?
3. O que foi feito para enfrentar o problema?
4. O que vocês fariam em relação a esta situação?


E essas foram algumas das questões levantadas em sala de aula:

- O que é ser um acumulador? É uma questão médica? Quais as explicações médicas?
- O que é a Síndrome de Diógenes?
- O que tem levado pessoas a acumularem objetos/animais/lixo em casa? Quais determinantes sociais estão envolvidos? É uma fonte de renda pessoal?
- Há uma classe social específica para os casos? Faixa etária?
- Como lidar com a questão? Em que momento torna-se uma questão de Saúde Pública?
- Como intervir? É necessária ação judicial?
- Quais ações a Vigilância em Saúde deve tomar? A Vigilância deve atuar sozinha nesses casos?
- Qual a importância de promover um trabalho de prevenção nesses indivíduos? De que forma podemos fazer isso? Quais políticas públicas devem ser tomadas?
- Como um trabalho de busca ativa pode ajudar?
- Já temos um protocolo de ação para esses casos?
- Há diferenças entre acumuladores e colecionadores?

11 comentários:

  1. As pessoas que são consideradas acumuladoras, elas são muito diferentes das apenas colecionadoras. A diferença está na questão de que os acumuladores colecionam objetos aleatórios, seja lixo pego da rua, animais e outros objetos, achando que um dia seriam úteis para elas, mas na verdade, a utilidade disso seria o preenchimento de um vazio interior, podendo ser problemas psicológicos como depressão ou ansiedade, luto mal resolvido, TOC (Transtorno Obcessivo Compulsivo) entre outros fatores. Já os colecionadores não juntam objetos aleatórios, mas sim objetos de alguma coisa que curtem, como figurinhas, moedas, quadros, garrafas importadas de bebidas, animais de pequeno porte entre outras coisas, mas que não serve para preencher vazio interior mas porque eles curtem aqueles objetos que tenham um valor simbólico e isso não prejudica a saúde do colecionador e de outras pessoas que ali presenciam como o caso dos acumuladores compulsivos que muitas são denunciados e menosprezados pelos vizinhos e pessoas mais próximas. Existe aí uma falta de compreensão na parte da saúde mental, falta de apoio psicológico ao paciente. Pois isso é uma doença, denominada Síndrome de Diógenes.Esse problema afeta mais a população mais velha independentemente do sexo, cujo histórico de vida muitas vezes foi traumático, envolvendo abusos (sexuais, físicos e psicológicos), uma perda de ente querido, desemprego e problemas financeiros e familiares. Essa questão entra na agenda da saúde pública no quesito de causar incômodo aos vizinhos que reclamam de presenćas de pragas urbanas que possam transmitir doenças como os ratos, moscas e baratas sem contar com os mosquitos vetores de doenças como o Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e Chikungunya em áreas urbanas, que se proliferam em locais principalmente lixo com acúmulo de água parada. A partir do momento que afeta a saúde da população nos arredores, não é necessário que se tenha uma ação judicial, pois não se deve punir o paciente, que precisa de ajuda. Nesse caso a Vigilância Sanitária é fundamental para a intervenção e a limpeza do local e na orientação ao paciente e seus familiares quanto às transmissões de doenças infecciosas. Medidas devem ser tomadas como a educação permante, como em campanhas, ONGs, e atendimento especializado para esses tipos de pacientes. Tranalhos de busca ativa, ao meu ver, deve ser feito por meio de assistência psiquiátrica ao paciente e apoio psicológico grupal tanto para o paciente quanto para os seus familiares e vizinhos quanto a questão de como lidar com a situação do doente. Quanto a pergunta de se haver um protocolo de ação para esses casos, eu não sei responder ao certo, mas seria bem interessante de existir isso para que essad medidas resolval este problema tão embaraçoso na saúde pública.

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  2. A Síndrome de Diógenes é conhecida pelo acúmulo de objetos supérfluos, isolamento social, descuido da higiene pessoal e da própria casa, além de desconfiança e comportamento paranóico. A síndrome ocorre principalmente entre os indivíduos com mais de 60 anos, sendo que pelo menos a metade sofrem de demência ou outros transtornos psiquiátricos.

    No especial “Casa de acumulador será higienizada hoje” escrito para o Diário, de Renato Cunha, relata o caso de Carlos, um senhor de 62 anos, no qual foram retirados cinco toneladas de materiais considerados “sem valor” de sua casa. A ação foi realizada pela equipe de limpeza pública, que também realizará um procedimento de higienização, por meio de dedetização.

    Ressalta-se que os casos de acumuladores, como o de Carlos, somente são detectados através de denúncia pela vizinhança, para o número da Vigilância Sanitária da cidade, não existindo nenhum tipo de busca ativa ou rastreamento. Além disso, destaca-se também a fala do Procurador da prefeitura que, descreveu os objetos pertencentes a Carlos como “lixo acumulado”, considerou o caso como um “problema” a ser resolvido e declarou que espera que Carlos “tome juízo e consiga se ressocializar”, após receber acompanhamento dos psiquiatras da cidade.

    Consideramos que o caso não foi tratado da maneira que deveria e que a síndrome foi menosprezada pelas falas trazidas, acreditamos também que a comunidade deveria estar inserida nesse processo, já que ela é bastante afetada. A pauta poderia estar sendo tratada pelos agente comunitários de saúde podendo trazer assim a sensibilidade pelo caso.

    Integrantes: Angélica, Patricia, Ana Paula, Michel, Aline Novaes e Fernanda.

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  3. Meu grupo: Dulcenea, Rodrigo Contreras, Felipe Roque, Nathalia e Ana Beatriz

    Texto: O caso de Sao Caetano do Sul

    Vimos que não há uma rede capacitada para resolver situações como esta e pra nao deixar chegar ao ponto de acumular 5 Toneladas. A vigilância não tem plano estratégico de atuação e aguarda a denúncia da população. Não há interesse na população idosa e aposentada. O aposentado foi denegrido como se a condição de aposentado fosse a única forma de identificar uma pessoa. Foi chamado de louco e encaminhado para o CAPS que não atende casos emocionais e psicológicos, somente casos comprovados neurologicamente.
    Foi denegrido perante os vizinhos e a comunidade, e isso por escrito através da imprensa e a Vigilãncia permitiu. Caso digno de um processo no Ministério Público contra a Vigilância e contra a Imprensa.
    Ele não está fora de juízo, pois cooperou com a tal da "conversa administrativa" da Vigilância que não se sabe o que foi falado nessa conversa e nem o tom dela.
    Não foi cogitado a existência de uma associação de bairro atuante onde haja atividades para os idosos e aposentados.


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  4. Meu grupo: Sarah,Carina e Mônica
    A aula teve por objetivo mostar um indivuo acumualdor na perpectiva médica,legal e por meio de reportagens; Pudemos observar que o sistema não consegue tratar o ser humano como um indivíduo Holístico,no contexto do problema de acumulação de coisas existe por trás vários impasses que vão desde a segurança do próprio individuo até como a rede básica de saúde em conjunto com assistência social podem trabalhar em conjunto para resolução do caso.
    É primoridal que o individuo seja atendido por uma equipe multiprofissional que faça matriciamento para tentar sanar o problema e reparar danos que ocorrem ao indíviduo e quem mora no seu entorno e até mesmo os seus famliares.

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  5. Meu grupo: Sarah,Carina e Mônica
    A aula teve por objetivo mostar um indivuo acumualdor na perpectiva médica,legal e por meio de reportagens; Pudemos observar que o sistema não consegue tratar o ser humano como um indivíduo Holístico,no contexto do problema de acumulação de coisas existe por trás vários impasses que vão desde a segurança do próprio individuo até como a rede básica de saúde em conjunto com assistência social podem trabalhar em conjunto para resolução do caso.
    É primoridal que o individuo seja atendido por uma equipe multiprofissional que faça matriciamento para tentar sanar o problema e reparar danos que ocorrem ao indíviduo e quem mora no seu entorno e até mesmo os seus famliares.

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  6. Integrantes: Gabriela Murizine, Letícia Malagutti, Letícia Tizeu, Thiago Henrique, Felipe Daiko, Rodrigo Meirelles


    A questão dos acumuladores tratado  no nosso texto, vem com uma visão diferente de todos os outros discutidos em sala: o único onde foi identificado um respeito para com as pessoas e preocupação com o manejo dessa situação. Com uma proposta de protocolos de atendimento para os casos de acumuladores, esse trabalho é feito de forma a Construir um mapeamento das pessoas que acumulam coisas, após isso os profissionais de  saúde e do meio ambiente iniciam a construção do vínculo com o usuário, fazendo visitas para conhecer o morador e ganhar sua confiança, se o morador aceitar é feita a limpeza.
    Achamos que o caso dos acumuladores deve ser construída em parceria com a secretaria da saúde e do meio ambiente, as ações devem focar na reinserção dos indivíduos nas atividades cotidianas, não deve ser ações higienistas e impositivas com ligação com o meio judicial, visto que devemos focar na construção de políticas públicas que visem o bem estar dos acumuladores, suprindo as necessidades colocadas por eles.

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  7. Integrantes: Maria do Carmo Wiik, Sabrina Ribeiro, Paula Etlinger, Lucila
    O nosso texto aborda a questão dos acumuladores de uma forma bem impositiva com intervenção judicial, além disso, trouxe uma abordagem diferente em que a moradora de Patos de Minas apresentava um possível diagnostico de síndrome de Diógenes. Ela era funcionária de um supermercado e seu filho estudante, o que chamou a atenção do nosso grupo, pois era uma situação que difere de outros casos dessa síndrome, já que, um dos sintomas, é a falta de interação e convívio social. Diante do proposto em sala e com o estudo do caso, nosso grupo frente a essa situação, pensou que uma possível ajuda seria criar vínculos com essa senhora, já que ela tinha o hábito de acumular coisas, pensamos em uma possível parceria com cooperativas de reciclagem em que ela poderia trabalhar com o que ela gosta de fazer. Assim, visando estratégias em conjunto com os profissionais e secretarias da saúde e meio ambiente juntamente com ações de construção de vínculo, o respeito pelo próximo, a escuta esse cenário poderia ser diferente sem a necessidade de intervenção judicial.

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  8. Antes de agir, deve-se Levar em consideração algumas questões como por exemplo: questão com o vínculo que a pessoa acumula – Preenchimento de um vazio; a historicidade dessa pessoa; valor social; mapear os acumuladores.
    Tentar aproximação. Por meio do diálogo buscar novas formas de lidar com o transtorno. Pensar políticas públicas para o BEM ESTAR desse acumulador.

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  9. A Síndrome de Diógenes, ou acumulação compulsiva se refere a uma desordem de comportamento que se caracteriza pelo excesso de aquisição de itens e inabilidade de descartar objetos que ocupam grande parte da residência das pessoas que sofrem dessa síndrome.
    A síndrome acomete indivíduos de todas as classes sociais, com prevalência semelhante entre homens e mulheres e é conhecida como uma doença da terceira idade, apesar de casos de jovens adultos também já terem sido reportados. Com etiologia ainda discutível, acredita-se que ela seja desencadeada por estresses de origem biológica, social ou psicológica.
    O tratamento da pessoa que sofre com a síndrome é na maioria das vezes dificultada por relutância do paciente, que sofrem com a auto negligência. Assim, os casos são geralmente identificados por meio de denúncias de familiares ou vizinhos, que acabam sendo atingidos pelo comportamento do paciente e, quando o acúmulo representa risco potencial para a saúde da população, a vigilância pode utilizar de recursos judiciais para intervir.
    Nesses casos, é fundamental que a Vigilância atue em conjunto com psiquiatras e psicólogos para que possa ser feito o devido acompanhamento e tratamento do paciente. Nesse sentido, ainda não há um protocolo de ação para esses casos, devido às questões éticas envolvidas, o que dificulta a intervenção da Vigilância.
    Portanto, é de extrema importância que serviços públicos de assistência psicológica sejam oferecidos, no intuito de prevenir casos como esses na população.

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  10. A acumulação é uma questão presente e que ganha destaque devido à proporção de casos que aumentaram nos últimos anos. No município de São Paulo cerca de cinco mil pessoas vivem o acúmulo. Essa questão demanda a ação de diversos tipos de vigilância, sendo que todas ações devem considerar singularidades e subjetividades da vida humana presente na questão.
    Para muitas pessoas que não vivem com essa questão, tudo aquilo que é acumulado por quem vive, pode ser considerado lixo e são necessárias intervenções autoritárias. Esse ponto de vista além de equivocado na teoria, quando aplicado na prática, não traz nenhum impacto positivo. A questão da acumulação é uma questão de saúde pública e um dos campos de atuação da vigilância em saúde.
    Ao analisarmos em aula notícias sobre acumuladores, nós percebemos a construção de uma ideologia fortemente patológica e autoritária para tratar essa questão complexa que envolve muitas áreas e normalmente longos períodos para se chegar a uma mudança consentida pela pessoa envolvida e as demais pessoas. Na maioria das notícias a visão médica trata a questão como “Síndrome de Diógenes”. O significado dessa síndrome é extremamente higienista e trata equivocadamente a questão como culpa e falta de interesse da pessoa nela mesma.
    Uma outra visão que discutimos é que supondo que acumular fosse somente lixo, como nossa sociedade tem tratado essa questão? Será que não deveríamos agir de maneira diferente, através de iniciativas populares como as já existentes a níveis locais, municipais, estaduais e federais a fim de preservarmos o ambiente?
    A vigilância ambiental pode atuar na área ao entender como a questão está alterando ambientes e seus fatores componentes (água, ar, terra) e populações de animais. Outras áreas da saúde pode também atuar, se necessário, como a presença de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Outras áreas como serviço social e área jurídica também podem trabalhar no processo. Resumidamente, a questão é interdisciplinar e complexa.
    O acúmulo pode acontecer por diversos motivos e um muito comum é a ligação afetiva da pessoa com determinadas coisas e objetos. Tratar o assunto com caráter policial autoritário, manicomial ou de naturezas semelhantes, é desvalidar vidas e desrespeitar direitos. A vigilância junto com demais áreas é capaz de tratar a questão com maior amplitude e estabelecer redes mais solidificadas e duradouras para reduzir danos e aumentar a qualidade de vida do(s) envolvidos.

    Grupo: Amanda Freitas; Beatriz Lacerda; Gabriela Bordon; Kassia Queiroz; Lucas Pires e Nayara Rael.

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  11. A questão dos acumuladores é um caso que necessita de estudo nas relações pessoais de quem acumula. O porque o individuo acumula, o que as coisa que ele acumula significa para ele e ,desta forma, conhece-lo para que medidas sejam tomadas.
    O que vimos no caso em aula é que o acumulador foi tratado como um doente, o diagnostico lhe atribui Síndrome de Dióstenes. Esse é o ponto central da discussão, pois tratar uma acumulação como doença é superficial e autoritário. O discurso higienizador logo entra em cena e historicamente ações higienizadoras são tratadas com autoritarismo. Não se trata, no entanto, de desconsiderar o fato de que uma acumulação de coisas pode trazer riscos de saúde e contaminação pela população local, o fato dela ter contatado a vigilância foi com essa preocupação. Neste sentido, tanto o acumulador, como a população, merecem ser ouvidos. A ação da vigilância nesse sentido deve ser de integração com as pessoas, com a população local, conversar com o acumulador, entender o significado de suas ações, fazer ele refletir que muitas coisas não sejam necessárias ele guardar, feito isso, a conversa com a população local é fundamental para que ela também entenda o caso e não trate o acumulador com rejeição. Isso é uma coisa que deve ser construída desde a base, não com uma ação quase policial simplesmente jogando fora aquilo que o profissional da saúde acha que não tem valor.
    Desta forma, uma das saídas seria o contato, conhecer o outro, fazer da ação sanitarista uma possibilidade de convivência para que o enfrentamento do caso seja feito coletivamente.

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