quarta-feira, 22 de março de 2017

Aula 3 - Pesquisa, Situação problema, Vigilância, risco e proteção

Pessoal, este foi o caso abordado na aula do dia 17/03/2017. 

O caso

A Vigilância Sanitária recebe uma solicitação da Vigilância Epidemiológica central para análise de dois casos de óbitos de adultos jovens (um homem de 22 anos e uma mulher de 23 anos), moradores do território de abrangência da equipe de Saúde da família “Vermelho 3”, Jardim da Saudade, no município de Junqueira. Há uma semana o casal, primeiro o homem e um dia depois a mulher, foram atendidos na emergência com sinais de desidratação, dor abdominal e febre.
 A diretora da unidade do bairro reuniu a equipe com grande dificuldade para conciliar os horários dos profissionais e, como uma das estratégias, indica a visita do agente comunitário responsável pela área na casa onde residia o jovem casal.
Na manhã seguinte a unidade recebe a notificação de um terceiro óbito, agora da irmã de 20 anos da jovem falecida anteriormente. As notícias causam uma comoção social no bairro, este instalado em região de preservação ambiental que vem sendo continuamente ocupada de forma irregular e, por isto, carente de planejamento e instalações de saneamento. A imprensa municipal veicula notícias diversas sobre o caso e, na ausência de um posicionamento da Secretaria de Saúde, contribui para que o medo e a desinformação aumentem.
A agente comunitária aponta as dificuldades para voltar na casa onde os óbitos ocorreram, pois não foi bem recebida pela família. Os familiares se recusaram a dar maiores informações, pois se sentiram ameaçados e amedrontados pelas circunstâncias e reações da comunidade, dos jornalistas e da equipe de saúde.
A equipe central da Secretaria Municipal de Saúde se organiza para intervir e auxiliar a unidade do Jardim da Saudade. Os profissionais das vigilâncias iniciam atividades de coleta de amostras na casa e em estabelecimentos comerciais, sem comunicação à Unidade do bairro. Joana, uma das mulheres que foi a óbito, trabalhava na creche local e a diretora solicita fechamento do estabelecimento por medo de contaminação das crianças, embora não tenha conhecimento do diagnóstico. As mães organizam uma ida das crianças para a unidade de saúde para coleta de sangue sem agendamento prévio.
Ao final da manhã do terceiro dia, após a primeira notificação, a diretora da Unidade Básica de Saúde pede a intervenção do nível central em uma Comunicação Interna alegando a gravidade da situação no local e a necessidade de apoio institucional para intervir nas seguintes questões:
   a)      Identificação dos papéis dos trabalhadores e das equipes de saúde da unidade
   b)      Suporte profissional para a família e para a comunidade frente à gravidade e impacto dos casos
   c)       Sobreposição de fluxos sem a devida comunicação entre as instâncias de gestão da secretaria
   d)      Falta de orientação e retaguarda para elucidação do caso
   e)      Incapacidade de comunicação com a imprensa e agentes de outras instituições.

A assessora sanitarista Patrícia, contratada recentemente para compor a equipe central da Secretaria Municipal de Saúde, é deslocada para participar e apoiar a reorganização do trabalho frente ao caso na Unidade do bairro. A indicação de Patrícia para atuar junto à equipe foi acompanhada de uma referência de sua chefia – “Penso que sua formação em Saúde Coletiva poderá apoiar a equipe no entendimento da complexidade do caso e, também, será importante para o seu crescimento profissional”.
Em discussão coletiva com a equipe de saúde da UBS, o Conselho Gestor, os profissionais das vigilâncias epidemiológica, sanitária, ambiental e zoonoses, foi pactuado um plano de estratégias conjuntas para enfrentamento da situação, agora com a elucidação diagnóstica, casos de Febre Maculosa, a doença do carrapato (1). 
    1)      Apoio familiar e para comunidade na comunicação do risco, elucidação dos casos e suporte social aos familiares;
    2)      Redefinição da comunicação interna e externa em diálogo com os canais locais de comunicação e, também, institucionais;
    3)      Conciliação dos papéis dos trabalhadores com processo de Educação Permanente coletivo;
    4)      Alinhamento e transparência das informações;
    5)      Articulação em rede entre os serviços, emergência, vigilâncias e laboratório central;
   6)      Realização da investigação epidemiológica avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle pertinentes;
    7)      Capacitação da equipe médica para suspeita diagnóstica, coleta de material e tratamento precoce na busca de diminuição da letalidade;
     8)      Investigação de novos casos ou suspeitos para notificação e/ou tratamento imediato;
     9)      Trabalho junto à equipe local, comunidade e outros órgãos para elucidar situações socioambientais no Jardim da Saudade que podem propiciar novos casos, no sentido de apoio de outras instâncias municipais para acesso da população a melhorias no bairro;
     10)    Outras estratégias de apoio institucional integrado.

Patrícia, a sanitarista deslocada para apoio às equipes, fez seu relatório para apresentação ao nível central da Secretaria Municipal após o controle da situação no Jardim da Saudade. Iniciou apontando que as diretrizes para compor o plano de atuação frente ao ocorrido estavam vinculadas ao campo da Saúde Coletiva e suas dimensões, bem como nos referenciais teóricos e práticos de suas principais subáreas, a Epidemiologia, as Ciências Sociais e Humanas e a Política. Diante da situação encontrada e pensando em sua formação e função como sanitarista avaliou que os eixos de atuação seriam:
      a)      Compreensão do contexto de complexidade sócio histórica da realidade local expresso no impacto ambiental, nas condições de vida da comunidade, no acesso precário ao saneamento e serviços de políticas públicas, na desinformação sobre proteção à saúde, entre outras.
        b)      Articulação das ações dos serviços de vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental, zoonoses, emergência e laboratório no sentido de atuação em rede para plano integral. 
       c )       No eixo da política desdobrou tanto a compreensão das relações entre as políticas setoriais – educação, preservação ambiental, infraestrutura urbana, ação social e cidadania, etc - capazes de atuar no bairro, como a interação da gestão dos processos de trabalho que apoiam as atividades de atenção à saúde, tanto no suporte técnico e de insumos quanto na qualificação dos saberes que apoiam as ações da assistência.   

Patrícia terminou seu relatório e refletiu: Seria a atuação central do sanitarista a possibilidade de efetivar, segundo o campo da Saúde Coletiva, a interdisciplinaridade e a intersetoralidade na busca da equidade e integralidade na saúde?  Como atuar nesta direção frente aos diferentes e dinâmicos contextos sócios, políticos e históricos?


1 - A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença infecciosa, febril aguda, de gravidade variável, cuja apresentação clínica pode variar desde as formas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. É causada por uma bactéria do gênero Rickettsia (Rickettsia rickettsii), transmitida por carrapatos, caracterizando-se por ter início abrupto, com febre elevada, cefaléia e mialgia intensa e/ou prostração, seguida de exantema máculo-papular, predominantemente nas regiões palmar e plantar, que pode evoluir para petéquias, equimoses e hemorragias. O tratamento precoce é essencial para evitar formas mais graves da doença”. (Brasil, MS, Portal da Saúde)http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/febre-maculosa.

6 comentários:

  1. Em linhas gerais, o nosso grupo situou a discussão em torno das dimensões de análise do caso, que foram apontadas pela própria sanitarista(dimensões a,b e c).
    Buscamos interpretar o caso com base em cada dimensão, procuramos ainda considerar o contexto sócio, histórico, econömico e cultural do Brasil que se repete de algum modo independente do território. A falta de uma política de habitação que gera a ocupação de áreas que oferecem riscos a saúde humana, de modo que a população fica exposta a infinitos 'desacessos' de direitos não apenas saúde mais infinitos outros (trabalho, transporte,segurança, lazer...).
    Um importante apontamento feito pelo grupo foi a ausëncia de uma ação preventiva, visto que conhecemos o contexto social e os riscos a que a população estava exposta, não houve uma ação de comunicar o risco de contrair a Febre Maculosa pela referida população do caso. Faremos outras observações em breve.
    Grupo: Helena Oliveira,José Chagas,Vivian Oku,Rafael Pegoraro e Pedro Altino.

    ResponderExcluir
  2. Texto construído pelo grupo: Felipe Daiko, Gabriela Murizine, Leticia Tizeu, Leticia malagutti, Rodrigo Meirelles e Thiago Henrique

    Devido a complexidade da situação e das diversas estratégias e reflexões adotadas pelos profissionais de saúde e pelas reflexões da sanitarista, decidimos, Inicialmente, olhar com muito cuidado do lugar onde tudo estava acontecendo.
    Um território extremamente vulnerável, em região de preservação ambiental e de ocupação irregular, sem planejamento e sem saneamento é reflexo da histórica desigualdade social do nosso país e do abandono que grupos populacionais sofrem pelo Estado, que não cumpre suas responsabilidades com a população quanto à sua garantia de direitos, como o acesso à terra para plantar e para morar, educação e saúde, dentre outros.
    No Brasil, segundo Censo do IBGE de 2010, mais de 11 milhões de brasileiros vivem em ocupações irregulares e mais de 35 milhões de brasileiros vivem sem o acesso ao saneamento básico, conforme o Instituto Trata Brasil.
    Considerando isso, os 3 óbitos relatados no texto representam um problema muito maior do que parece. Portanto, a integração e articulação dos profissionais da saúde, da população e de outros equipamentos sociais é extremamente importante para a resolução deste grande problema que envolve interesses políticos e econômicos e até culturais, que vão desde a especulação imobiliária até a higienização, gentrificação e extermínio dos mais pobres.
    Alguns movimentos sociais como o MTST e o MST enfrentam com radicalidade diversos ataques e estigmas produzidos pela mídia e por discursos políticos simplesmente por lutarem pela garantia de seus direitos sociais/constitucionais.
    Pensando nisso, qual é o papel das e dos sanitaristas no enfrentamento disso? Como disputar ideias coletivas e ocupar espaços na mídia? Como interferir nesses interesses políticos e econômicos hegemônicos no tempo em que vivemos? Este é um ponto levantado pelo grupo. Outra reflexão importante é: Qual o impacto que essas 3 mortes causaram nas pessoas dessa ocupação?
    De novo trazemos a mídia para a discussão, pois a imprensa municipal teve papel fundamental para a disseminação do medo e da desinformação, veiculando notícias irresponsáveis. Aqui percebemos o quanto o compromisso do jornalismo e comunicação em saúde são importantes e problemáticos.
    Esse medo gerado na população foi mais um fator prejudicial uma vez que o fechamento da creche e ida de todas as crianças ao posto sem aviso prévio causam uma demanda prejudicial ao andamento do serviço e resolução do do caso, além de gerar um risco desnecessário a saúde das crianças. Devido a tudo isso, a ESF é prejudicada, de modo que agente comunitários de saúde perdem ou simplesmente não conseguem vínculo com os moradores da ocupação, que ficam com mais medo de serem expulsos do território. Além disso, a equipe central da Secretaria Municipal de Saúde age de modo autoritário e vertical quando os profissionais das vigilâncias iniciam atividades de coleta de amostras na casa e em estabelecimentos comerciais SEM comunicação à Unidade do bairro.
    É importante ressaltar que o abandono desse grupo populacional não configura-se apenas no âmbito da saúde, trata-se de um silenciamento por parte do poder público e de todas as esferas sociais frente às questões, demandas e singulares desse grupo populacional. Assim, áreas como educação, assistência social, meio ambiente, planejamento urbano, trabalho, segurança, entre outros, também são responsáveis pelo quadro de vulnerabilidade social que os atingem. A disputa pelas relações e ações intersetoriais não devem ocorrer apenas nos serviços e equipamentos de assistência à saúde, mas em todas as instâncias e em todos os momentos da vida.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Continuação do texto:
      Devido à fragmentação do saber e a divisão técnica do trabalho, estruturantes da nossa formação social, a atuação do sanitarista não deve ficar apenas interna e focada na secretaria ou serviços de saúde, deve expandir-se para as outras áreas levando o debate e a defesa do direito à saúde e dos outros direitos sociais para a construção de um trabalho coletivo que vise a proteção social. Saúde não é responsabilidade apenas de uma secretaria, assim como saneamento básico, moradia e outras condições básicas de vida não são responsabilidades de departamentos executivos específicos nos municípios, nos estados e na federação. Para defender uma atenção integral, universal e equânime a todos os cidadãos e as cidadãs brasileiras, os sanitaristas não devem atuar sozinhos na construção do trabalho intersetorial, assim como não devem disputar o direito à saúde fechado a uma área ou secretaria específica.

      Excluir
  3. Nosso grupo pode perceber que neste caso, com a grande repercussão do caso pela imprensa local, sem a devida comunicação de risco, e a falta de gestão por parte da Secretária de Saúde do Município, causou assim medo e um aumento da desinformação quanto a real causa dos óbitos. Levando a população a tomar atitudes drásticas, como a diretora que fechou a creche e as mães que organizaram idas para coleta de sangue sem o devido agendamento, aumentando as incertezas sobre a situação.
    O caso estudado apresenta o envolvimento das vigilâncias sanitária, epidemiológica e ambiental no campo da saúde, a vigilância está relacionada à atenção e promoção da saúde e prevenção de doenças. Além disso, integra diversas áreas de conhecimento e aborda diferentes temas, como política e planejamento, territórios, epidemiologia, processo saúde-doença, condições de vida e situação de saúde das populações, ambiente e saúde e processo de trabalho. Para além do nosso caso de estudo a vigilância se distribui entre: epidemiológica, ambiental, sanitária e saúde do trabalhador.
    A vigilância epidemiológica identifica as doenças de notificação compulsória, investiga epidemias e age no controle dessas doenças específicas. A vigilância ambiental se dedica às interferências dos ambientes físico, psicológico e social na saúde, sendo as ações priorizadas: o controle da água de consumo humano, o controle de resíduos e o controle de vetores.
    As ações de vigilância sanitária dirigem-se, geralmente, ao controle de bens, produtos e serviços que oferecem riscos à saúde da população, como alimentos, produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos. Realizam também a fiscalização de serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes, academias, parques e centros comerciais, e ainda inspecionam os processos produtivos que podem pôr em riscos e causar danos ao trabalhador e ao meio ambiente.
    A área de saúde do trabalhador realiza estudos, ações de prevenção, assistência e vigilância aos agravos à saúde relacionados ao trabalho.
    A ‘vigilância em saúde’, pode ser um caminho para se atentar e buscar efetividade no ideal e nos princípios do Sistema Único de Saúde, com olhar diferenciado sobre a questão saúde-doença direcionado para a pessoa por trás da doença. A vigilância atua fazendo uso de conhecimento diferentes áreas epidemiologia, geografia, planificação em saúde, ciências sociais, comunicação entre outras; dando base para a efetividade da integralidade e qual profissional melhor se identifica com um processo de trabalho tão interdisciplinar? O sanitarista possui esse tipo de formação, para ter essa visão integral do ser humano no processo saúde-doença e no caso de atuação na vigilância intervir permeando atores, situações e conflitos buscando as diretrizes do SUS e abarcando as questões políticas, sociais, econômicas e culturais próprias do ser humano.
    Assim sendo a Sanitarista Patrícia foi competente em sua atuação na situação estudada, usando do conhecimento de sua formação multidisciplinar para articular ações intersetoriais levando em conta as características especificas do território.

    Integrantes: Patricia, Angélica, Fernanda, Ana Paula, Michel e Aline Novaes.

    ResponderExcluir
  4. AULA 3 - CASO MUNICÍPIO DE JUNQUEIRA
    Participantes: Ana Beatriz, Dulcenea, Felipe Roque, Nathália e Rodrigo Contrera

    O caso do município de Junqueira, em relação à Vigilância Sanitária e a participação da Sanitarista Patrícia, nos deixou pontos muito importante para discussão. Primeiro, notamos a total desconexão e falta de rede entre os serviços: vigilâncias, o posto de saúde, a ACS com a família, etc. E a questão de “qual seria o papel do sanitarista neste caso?”, e assim, como na própria “fala” da Patrícia, percebemos que o trabalhador de saúde coletiva é importante por ter um olhar diferenciado neste cenário regulador, implantado pela ANVISA, ou seja, tem o papel de trazer a integralidade e intersetorialidade entre as vigilâncias e todos os outros serviços de saúde, pensando no bem-estar e qualidade de vida da população.
    A febre maculosa é uma zoonose mortal e transmitida por vetores, e, portanto, requer que sua gestão de risco e estratégia de saúde seja incorporada adequadamente a coordenação intersetorial com as autoridades de saúde pública e do ambiente a nível federal, estadual e municipal, para que se possam mover ações efetivas na gestão de risco para a saúde humana integrada a saúde dos ecossistemas.
    Na concepção e implementação das instruções de planejamento de saúde deve ter um diálogo participativo e ativo na construção de protocolos oficiais que determinem suas ações nas medidas de prevenção e promoção de acordo com as especificidades geográficas, sociais e econômicas.
    Nesse sentido, o sanitarista tem papel fundamental na articulação, comunicação e tomada de ação junto aos diversos atores, proporcionando aos serviços públicos qualidade na efetividade de suas competências.
    Por outro lado, o papel do sanitarista não é isolado. Como futuros sanitaristas, cujo olhar, conhecimentos e ações são amplos e multidisciplinar não podemos nos iludir que sejamos ou seremos os grandes arrumadores da casa. Não há questões a serem empreendidas na Saúde que não sejam multiprofissionais. Podemos confeccionar o melhor relatório, descrever a situação atual do território, com as melhores metodologias de pesquisa e denúncia de agravos, propor medidas resolutivas, porém se as áreas interdependentes não atuarem de forma responsável - como foi o caso da Secretaria de Saúde do município de Junqueira que não se posicionou, a VISA que de forma autônoma, intervêm sem comunicar com  a Unidade de Saúde do bairro e as mães saem de forma desorganizada sem ninguém que as oriente para a coleta de sangue, o trabalho e conhecimento do sanitarista será algo sem proveito.
    A Saúde depende de ações conjuntas bem articuladas. É uma corrente. Caso um componente falte, a ação é quebrada e falível.

    ResponderExcluir
  5. Diante de tal situação, é possível ver problemas que vão além da saúde. O caso reflete problemas também de caráter econômico e politico. O acesso à moradia é uma das questões centrais, pois é um direito que deveria ser assegurado pelo poder publico. A ocupação de áreas de proteção ambiental torna as habitações neste local irregulares. Logo, se tornam desprovidas de serviços públicos, pois não tem regularidades. O primeiro ponto que vale ressaltar é que os serviços sociais como saúde, habitação, saneamento básico, etc. devem ser promovidos a todos indiscriminadamente.
    Diante disso, vemos uma carência de Saneamento Básico no local. O acesso a água de qualidade é um dos grandes problemas do Estado de São Paulo. Por ser um Estado que usa muito suas águas disponíveis,a água com qualidade se torna cada vez mais uma raridade.
    Com a falta de Saneamento problemas começam aparecer, epidemias se alastram mais facilmente e o local se torna logo um caso de saúde publica.
    Vale ressaltar, o papel importante da Saúde Coletiva, desenvolvido pela sanitarista Patricia. Um olhar que não seja segmentado aprofunda a analise do problema e faz com que a ação da saúde não seja superficial. Nesse ponto é muito importante a intersetorialidade. Ela é essencial pois os problemas não são isolados, a febre maculosa afetou a região por problemas de Saneamento Básico que dizem a respeito da gestão hídrica e da politica de promoção da água. A falta de Saneamento esta atrelada também ao carater irregular das moradias que se veem carentes dos serviços públicos, portanto, o problema é em diversos campos e para a sua analise é essencial diversos pontos de vista para que a ação tenha base.

    ResponderExcluir